quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

passo a passo:

Metodologia


Criação e envio de convites a todos os meus contatos on-line, e em especial ao GG grupo de gravura on-line, sob coordenação da artista plástica Paula Almozara. O convite enviado a todos é o que se segue:

CONVITE

“XILOGRAVURA MODIFICANDO NOSSO OLHAR SOBRE A CIDADE”
A exemplo de movimentos que já aconteceram em outras cidades, como em Resende-RJ, lanço-me em um projeto de popularização da xilogravura, colando-a em muros da cidade de Uberlândia-MG. O objetivo é executar um enorme ‘lambe-lambe’, somente com xilogravuras produzidas em várias partes do país.
Quem se interessa em participar, pode enviar a quantidade de gravuras impressas que desejar, para o endereço:
Ateliê de Artes Estilo Livre   Rua: Tito Teixeira, 1233  Bairro: Custódio Pereira    Uberlândia, MG
Cep: 38405-268
Não haverá seleção, as xilogravuras recebidas serão coladas.
O certificado de participação para todos que enviarem gravuras, será enviadas ao endereço de correspondência.
Lembre-se: as imagens coladas, ficarão sujeitas ao tempo e ações das pessoas da cidade.
Mais informações pelo e-mail: ropreac@yahoo.com.br
Data da colagem:13, 14, 15 DE NOVEMBRO
Data limite para envio das xilogravuras:30 DE OUTUBRO

Criação de canais de contato direto entre os artistas
Pelos sites de comunicação, Facebook, Orkut, e um blog criado especificamente para o projeto de intervenção urbana, tracei uma linha direta entre os artistas gravuristas, as imagens, a organização e realização da intervenção.
Em comunidades do orkut, onde se reúnem artistas e se discutem as gravuras, com o apoio de seus gerenciadoras ou criadores, promoveu-se o evento XILOGRAVURA MODIFICANDO NOSSO OLHAR SOBRE A CIDADE – Uberlândia,MG.

Certamente, os sites de relacionamento desempenharam fundamental papel de aproximação entre as pessoas interessadas e a arte urbana.

Obtenção e recebimento das imagens pelo correio
O convite foi bem aceito e respondido plenamente. O convite foi postado no blog e enviado por e-mail, na quinta-feira, 23 de setembro de 2010, e no dia 28 de setembro, chegaram as primeiras gravuras por correio, e os pacotes com imagens vinham por sedex, pac e envio simples, em envelope tamanho A3, A4 e tubos. O prazo para recebimento das gravuras se limitava no dia 30 de outubro, mas por diversos motivos, até o dia das colagens ainda chegaram gravuras.
Com as gravuras em mãos, organizei-as por tamanhos e misturando os artistas, para que o local que recebesse as colagens ficasse o mais misto possível, de temas, imagens e artistas.

Mapeamento dos possíveis locais de colagens das gravuras
Como este desejou ser um projeto de intervenção urbana, autorizado, e apoiado pelo poder público, como o que houve na cidade de Resende, no Rio de Janeiro, sondou-se junto a secretaria municipal de cultura, de meio ambiente e secretaria municipal de serviços urbanos, locais que pertencessem ao município e que pudessem trazer arte interagindo com a população, como todas as secretarias municipais negaram veemente a intervenção de arte em espaço público, comparando a ação artística e sem fins lucrativos, à panfletagem de caráter comercial, assim, tomamos rumos diferentes, pois, tudo esbarra no código de posturas do município. Procuramos donos de empresas, muros de casas e outros locais onde se fosse possível obter permissão diretamente, com os proprietários de cada imóvel.
Dentro de toda a cidade de Uberlândia, decidimos que se escolhêssemos um setor ou um bairro, as gravuras teriam maior visibilidade, por estarem em bloco, então, foi o feito. As colagens se concentraram nos bairros Tibery e Custódio Pereira, em muros geralmente abandonados ou autorizados pelos donos. Com exceção de pontos de parada de ônibus coletivo, que parece terra-sem-lei, colamos sem permissão.
Na execução das colagens utilizou-se rolos médios e grandes, pincéis,e uma cola caseira popularmente chamada de grude, que é composta de água, polvilho e vinagre, sem corantes, conservantes ou qualquer produto químico que agrida o meio ambiente. Depois de seca esta cola se mostra tão resistente quanto as colas industriais.
A documentação de toda a ação foi feita a partir de fotografias e vídeos das paredes interferidas, e por textos e relatos postados no blog: www.roprexilo.blogspot.com, no vlog: www.youtube.com/user/ropreac e no fotolog: http://www.facebook.com/album.php?aid=24350&id=100001106274763&l=2c18960869 , todos acessados em 20 de novembro de 2010.

Confecção e envio de certificados aos artistas participantes

Os certificados foram confeccionados pelo Ateliê de Artes Estilo Livre – Alessandra Cunha, com parceria de Bomdiarte – grupo cultural dirigido por Thais Rodrigues Araújo, com o seguinte formato, e em tamanho A4:
E em janeiro, serão enviados aos artistas e alunos listados acima, com recursos financeiros do Ateliê de Artes Estilo Livre.


Conclusão
As críticas e elogios são o termômetro da arte, de sua interferência e influência. E foram várias as críticas e os elogios. É proibido! Você não sabe? Em uma cidade como Uberlândia, sem nenhuma tradição em artes, onde ainda se promove pouco a cultura, quase tudo é proibido. “XILOGRAVURA MODIFICANDO NOSSO OLHAR SOBRE A CIDADE”; modificou, se não as pessoas que passam pelas ruas da cidade, a mim mesmo, sim, e muito. Agora, há um crescente desejo de intervir, ativar o olhar dos outros à existência das artes, todas as artes, visuais, cênicas, musicais (que não sejam aquelas dos bares com bebidas alcoólicas) e ...
resistencia e arte, arte é resistencia